Hoje comecei a ler o livro "O duplo" de Fiódor Dostoiévski. Eu comprei esse livro pois ouvi uma crítica no rádio falando muito bem dele. O tema me pareceu interessante e vou relatar o que eu lembro de ter ouvido no rádio. A obra trata sobre a loucura de uma personagem que é confrontado com ele mesmo. A personagem é ,em determinado ponto da obra, colocada em confronto com alguém que é exatamente igual a ela. E é nesse momento que começa a confusão toda. É basicamente isso que eu lembro. Eu comprei a minha versão na bienal do livro, é da Editora 34 e é uma edição muito bonita. As páginas do livro são amarelas, COMO TODAS DE TODOS OS LIVROS deveriam ser, por serem muito mais agradáveis de ler. E nessa edição ainda tem os desenho da época do lançamento do livro do artista expressionista Alfred Kubin. As ilustrações são marcadas com um pesar melancólico russo presente em quase todo o livro, o que ajuda na atmosfera criada pelo autor. No fim do texto adicionarei uma imagem desse artista. Como todo bom romance russo do século 19, ele se passa em uma atmosfera quase infernal , onde os costumes tradicionais se mesclam com a falta de recursos generalizado. A tradução até está muito vem feita. Estou me sentindo um pouco mal pois eu não entendi muitas palavras escritas, tenho que procurar no oráculo o significado, palavras como : meneios, figadal, esguelha, rapapés. Claro que o significado dessas palavras pode ser inferido pelo contexto, mas de qualquer forma não tinha algo definido na minha cabeça sobre elas. O livro também não é muito grande, o que o torna perfeito para pessoas que tem que ler em pé nos lugares públicos como trem, metrô etc. Posso dizer que até agora que estou gostando do livro e uma surpresa boa logo nas primeiras páginas... um parágrafo de três páginas com uma ideia muito bem trabalhada sobre o acordar em uma manhã de um conselheiro titular russo. Pelos parâmetros da Rah, esse escritor não é decente pois a maioria dos parágrafos são grandes. Gosto também do discurso indireto que o texto possui, diria quase reflexivo em todo o tempo da narrativa. Também ainda não percebi no livro a dualidade comentada pelo crítico de literatura que ouvi no rádio a bastante tempo atrás, deve ser porque li apenas aproximadamente 10% do livro. Até agora pela edição, apresentação, ilustrações daria nota 10, mas talvez minha opinião mude através da leitura dos próximos capítulos. Se alguém quiser fazer alguma crítica ou sugestão de tema para um próximo texto fiquem a vontade, esse espaço é para uma discussão livre e saudável de basicamente qualquer tema. Claro, que antes de eu me meter a escrever sobre algo, vou fazer uma pesquisa e ver vários pontos de vista sobre o assunto. Sempre vou tentar trazer algo novo para os leitores ( pfff, que leitores cara pálida? Tem meia dúzia (literalmente) de visitas por dia e já acha que está abalando com o blog) . A ilustração a seguir é um exemplo das que tem no livro:
Fim.
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